sexta-feira, 17 de maio de 2013

Filhos da condenação

Ele está andando como uma pequena criança
Mas veja os olhos dele queimarem você
Buracos negros em seu olhar dourado
Deus sabe que ele quer ir para casa

Ele está andando como um homem morto
Se ele tivesse vivido ele talvez tivesse crucificado a todos nós
Agora ele está parado no último degrau
Ele esquece de tudo e acena a nós todos
Agora que queima sua mão, ele se vira para rir
Sorri enquanto a chama consome sua carne
Derretendo sua face que grita de dor
Arrancando a pele de seus olhos
Veja-o morrer de acordo com o plano

Ele é poeira no chão, o que nós aprendemos?
Suas costas estão contra a parede
Vocês vieram para a luz
Vocês estão queimando na noite
Como velas, veja-os queimarem
Queimando na luz
Vocês irão queimar novamente hoje à noite

Vocês são filhos da condenação ....


 

domingo, 12 de maio de 2013

Presságio da Vida ....


Que essa minha vontade de ir embora se transforme
na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro
seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso
e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste,
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso
que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo,
mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso
simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia
e a outra metade, a canção.

E que minha loucura seja perdoada.
.

sábado, 11 de maio de 2013

Guerra Interior


Fomos tragados outra vez por um abismo
 De uma guerra destrutiva
Somos os gritos subterrâneos do desespero
Enfiem uma estaca em meu peito
Fação-me sangrar
E sair daqui
Deste inferno

Mate-me, corte-me
A solidão me sufoca.
O medo me consome.
As trevas me envolvem

Minhas lágrimas tristes se afogam
 Retiradas do meu inferno interior
Minha alma canta o desespero da sua morte

Tamanha tristeza me entorpece a alma
Que tudo cura, tudo transpassa...
Quanto tempo...

Quantas lágrimas...
Quanto mundo...
Liberta-me, em feridas que se curam...
Sustenta-me, em sabedoria que se edifica
Recorda-me das cicatrizes eternas...
Sentimento que consome...

Deixo seu espírito adormecido levar-me embora
Mórbidas confissões que a alma não revela.
Queimadas que ardem no semblante
Sem esperança, cega, perdida ...



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Minha Perseguição

Eu cortaria meu corção pedaço por pedaço
Desde que gritassem á morte
Ela não nos ouve
Mas fica dia e noite acolhida junto á minha alma
Desde que os gritos da dor nos conforta
O meu sangue corre com calma.
 
A noite tem névoas
Quem cobrem uma face oprimida
De dores que contumavam ser ressentidas
Á fim de mostrar a ilusão
de uma pequena ferida
que mantém minha fé retida.
 

 

"Diario de Uma Suicida" (2)


"Minhas cicatrizes se abrem como portas,
Uma lança cheia de espinhos é o que sinto
em meu peito o tempo todo,
Cada suspiro de vida se torna uma derrota,
Meu sangue vau se consumindo pelo fogo.
Minha felicidade vai sucumbindo á morte,
Não me humilho á uma paz devota,
ser feliz é considerado sorte ?
Não enquanto a dor me conforta"

"Diário De Uma Suicida"

"Senti um frio intenso dentro da minha alma,
Estão me sufocando até a morte,
 Eu chamo e grito á minha sorte, 
Á quem pedirei socorro ?
Enquanto o tempo todo eu morro ?
Eu grito pedindo ajuda á qualquer pessoa,
Mas só demosntram que querem realmente que eu morra,
Estão me matando há anos,
Mas ainda prefiro meus prantos.
Minha alma sangra e grita,
Em busca de uma unica saída, 
Que a morte venha recaída,
Mesmo que oprimida, se recolha sobre mim."